A presença da Recombine Biotech na Revista Histórias de Sucesso, do Sebrae Minas, edição set–out 2025 (Ano 4, nº 019), reforça como a atuação em ambientes estruturados de inovação potencializa o desempenho de empresas de base tecnológica na captação de recursos e na conversão de pesquisa em soluções de mercado. A publicação integra a editoria Inovação e destaca iniciativas impulsionadas por parcerias e programas de fomento que conectam ciência, indústria e empreendedorismo em Minas Gerais.
Fundada pela bioquímica Anna Cláudia Alves de Souza, formada pela UFV, a Recombine Biotech é apresentada como uma “empresa de cientistas” que transformou conhecimento acadêmico em um produto com aplicação direta na indústria de alimentos. A startup é residente do Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ), vinculado à Universidade Federal de Viçosa, e integra o Ecossistema Local de Inovação (ELI) de Viçosa, apoiado pelo Sebrae Minas — uma estrutura que favorece a articulação com editais, capacitações e conexões estratégicas para o amadurecimento do negócio.
Da pesquisa ao mercado: inovação com impacto direto na segurança alimentar
A solução desenvolvida pela Recombine consiste em um teste rápido para detecção de biofilmes na indústria alimentícia, especialmente em laticínios e frigoríficos. Essas estruturas microbianas, resistentes aos processos convencionais de limpeza, representam um dos maiores desafios para a segurança e a qualidade dos alimentos, podendo comprometer prazos de validade e gerar riscos de contaminação em larga escala. O diferencial da tecnologia está na agilidade da resposta: enquanto métodos tradicionais podem levar em média 20 dias, o teste da Recombine promete resultado em até três minutos, por meio de aplicativo e uso de inteligência artificial.
Além do ganho sanitário, o impacto econômico também é expressivo. Segundo a publicação, as perdas causadas por contaminantes no setor de queijos — que movimenta cerca de R$ 20 bilhões por ano — podem alcançar 5%, o equivalente a aproximadamente R$ 1 bilhão, cenário que a tecnologia da Recombine busca mitigar.
Capacitação e editais como alavancas de crescimento
A revista ressalta a importância do programa Catalisa ICT nesse processo de transformação. Para Anna Cláudia, a capacitação foi decisiva para a inserção da startup no mercado: “O Catalisa nos deu o ‘saia do laboratório e vá para o mercado’. Assim, chegamos aos laticínios para acompanhar rotinas e realizar testes”, afirma a empreendedora.
Esse percurso se insere em uma lógica mais ampla de fomento à Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), na qual programas como o Catalisa ICT e parcerias com instituições como a Embrapii possibilitam que projetos científicos atinjam maturidade tecnológica e se tornem soluções comercialmente viáveis. A revista destaca que Minas Gerais tem se sobressaído nesses editais, com resultados expressivos em captação e estruturação de negócios inovadores.
O papel do tecnoPARQ e dos parques tecnológicos
Ao ser residente do tecnoPARQ, a Recombine Biotech se beneficia de um ambiente que articula infraestrutura, mentoria, conexão com universidades e suporte técnico, fatores que ampliam a competitividade em chamadas públicas e editais de inovação. A experiência reforça a tese de que startups inseridas em parques tecnológicos e ecossistemas organizados apresentam melhor desempenho na estruturação de projetos, na qualificação para financiamentos e na aceleração de soluções de alto impacto.
Como destaca a própria Anna Cláudia, a inovação depende de um elo que conecte ciência e mercado: “Grandes empresas não inovam – quem inova são as startups, que necessitam desse grande elo que é o Sebrae. Do contrário, vamos continuar a produzir muito conteúdo teórico e não teremos produtos que verdadeiramente mudam a vida das pessoas”.
A trajetória da Recombine Biotech, evidenciada pela revista do Sebrae, ilustra como a combinação entre parque tecnológico, programas de fomento e capacitação estratégica cria um caminho sólido para que soluções científicas alcancem o mercado, consolidando Viçosa e o tecnoPARQ como referências na promoção da inovação e no fortalecimento de negócios de base tecnológica em Minas Gerais.
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